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A tão sonhada maratona

10 de mar. de 2010



Maratona de Nova York/Divulgação
Participar de provas de 5 e 10 quilômetros é gostoso, saudável e ajuda a manter a forma física. Já correr uma meia-maratona tem lá seu charme, além de requerer do atleta uma dedicação mais rígida aos treinamentos. Uma maratona, porém, é o objetivo principal de grande parte das pessoas apaixonadas pelo esporte, e exige ainda mais esforço e empenho.

A decisão de participar de uma prova de 42 km normalmente é estudada pelo corredor há muito tempo. A corrida escolhida naturalmente é aquela que envolve uma maior número de fatores agradáveis para o atleta, como percurso, visual e organização.

Depois de “eleger” a prova ideal é que começa a parte mais importante de uma corrida. O treinamento. Porém, antes de sair para a rua e começar a dar suas passadas, o corredor deve ficar atento aos alertas do corpo. Fazer um check-up para avaliar a parte física é altamente recomendável:

“A avaliação médica é indispensável. Dois testes que nós consideramos os principais são o hemograma, que avalia se a parte hormonal do atleta está em ordem, e o teste ergoespirométrico que analisa a parte física e pulmonar, além de nos mostrar o condicionamento do corredor”, afirma Cássio Eduardo Lembo personal trainer e professor da Metas Esporte & Entretenimento.
Para mais informações sobre os exames para encarar a maratona, confira a tabela abaixo:

:: CHECK-UP
Seja para começar ou intensificar a prática da corrida,
é necessário fazer avaliações física e médica com
regularidade anual – para checar a saúde e evitar lesões.
Solicite os exames ao seu médico.
:: INDISPENSÁVEIS
Teste ergométrico: Mede o esforço na esteira.
Identifica os batimentos por minuto, as faixas
de FC (frequência cardíaca) para treinar e arritmias.
Controle de pressão arterial: Identifica hiper ou
hipotensão e, assim, o treino pode ser adaptado.
Hemograma completo: Mostra níveis de colesterol,
triglicérides e hormônios, além de identificar diabetes
e anemia.
:: COMPLEMENTARES
Raios X do pulmão: Identifica doenças pulmonares.
Ecodopplercardiograma: Analisa dimensões das
estruturas do coração e a passagem do sangue.
Antropométrico: Determina a composição corporal.
Ergoespirométrico: Teste de esforço na esteira com
máscara para identificar o VO2 Máx. (quantidade
máxima de absorção de oxigênio durante a prática
do esporte), limiares aeróbico e anaeróbico.

Treinamento
O corredor que pretende participar de sua primeira maratona já deve saber que não haverá facilidades. A disciplina e o esforço devem fazer parte da rotina diária, e o atleta deverá ter uma vida mais regrada tanto no próprio treino, quanto no descanso e na alimentação.

“Eu estabeleço três pilares para se fazer uma boa corrida: alimentação, treinamento e descanso. Os três juntos formam um triângulo perfeito e, se um dos lados não estiver em equilíbrio, haverá uma queda na preparação, o que pode acarretar em lesões”, fala Lembo.

O treinador acrescenta ainda que um trabalho de musculação é importante para o fortalecimento da parte física. “Para esse tipo de prova, o atleta deve ter no início dois focos principais. A força e a resistência, que devem ser alternados durante a preparação. A sustentabilidade dada ao músculo é o ponto chave do treino”, diz. “O atleta deve saber que não adianta focar o treinamento apenas nos membros inferiores, pois isso irá gerar um desequilíbrio nos músculos. O fortalecimento do abdome, por exemplo, é importantíssimo, pois ele é o centro do corpo, e é muito exigido durante o esforço físico”, completa o treinador.

Veja os tipos de treinamento essenciais para uma maratona no box abaixo e clique 
aqui para acessar a planilha de 12 semanas para completar sua primeira prova de 42 km.

Tipos de treinamento
::Treinamentos de intensidade: São os treinos caracterizados
pela fragmentação do esforço total, com períodos de
recuperação. Assim, alterna a intensidade do exercício,
intercalando picos de esforço (em ritmo de moderado
a forte), com pausas de recuperação (em ritmo leve).
É aplicado principalmente para a melhora do
condicionamento cardiorrespiratório, maior queima
calórica e variação de treino, sendo grande estímulo
para corridas e neles é muito indicado o uso de um
frequencímentro, para trabalhar dentro das faixas
adequadas e com consciência. A alternância das
intensidades deve ser proporcional, ou seja, quanto
maior o esforço, maior deverá ser a recuperação.
::Treinos Fartlek: São alternados ritmos forte (no limiar
2, ou anaeróbico, com cansaço) e leve (entre limiares
1 e 2 – menor cansaço). Corre-se o tempo todo, mas
aumenta-se e diminui-se a intensidade a cada
determinada distância ou tempo.
:: Treinos intervalados: Acontecem os famosos “tiros”.
O atleta corre em intensidade alta (acima do limiar
anaeróbico, ou L2 – cansaço) durante um determinado
tempo ou distância. E entre um tiro e outro, faz um
intervalo (com caminhada ou trote leve).
:: Tempo run: Para estipular os ritmos para as sessões
de acordo com suas marcas, adicione 15” ou 20” ao
seu melhor pace de 10 km, ou adicione 30” ao seu
pace de 5 km. Exemplo: se você corre 10 km em 45
minutos, seu pace de competição é 4min30s/km.
Então faça seu tempo run no pace de 4min45s/km.
Se sua referência for a melhor marca dos 5 km, feitos
em 25 minutos, por exemplo, seu pace é de 5min/km
na competição e no treino tempo run deve ser 5min30s/km.
::Rodagem: É indicado para o corredor mais experiente, que
já aguenta distâncias maiores e que, no longão, corre 15 km
ou mais. Nesse exercício, o ideal é correr uma distância média;
um meio-termo entre aquilo que já se aguenta em um treino
longo. Aqui, o corredor pode variar o ritmo e alternar frequências
desde o limiar 1 até o limiar 2.

FONTES: CAMILA HIRSCH, TREINADORA DA PERSONAL LIFE
ASSESSORIA ESPORTIVA, E LUCIANE MACIAS, TREINADORA
DA INFINITUM ASSESSORIA ESPORTIVA

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